Virgulino Ferreira, o Lampião: pai do Xaxado
Lampião foi o conhecido cangaceiro que trilhou pela década de 20 com seu bando pela caatinga nordestina, praticando assaltos e espalhando certo terror pelo sertão que causavam confrontos diretos com autoridades da região. Apesar de alguma discordância, Lampião teria sido também o criador de um dos ritmos musicais mais populares da região do Nordeste. O xaxado.
O xaxado em seu início era usado pelo bando de Lampião como uma celebração pra cada feito bem sucedido. Uma dança em fila indiana, arrastando-se os pés, puxando versos agressivos contra os inimigos e de versos de heroísmo as façanhas realizadas. Sem mulheres, a presença feminina era representada pelo rifle. Isso mudou quando Lampião conheceu Maria Bonita.
Com mulheres no bando de Lampião, o xaxado ganha outra importância
Maria Bonita se tornaria a companheira de Lampião até o último dia de ambos e de seu bando. A presença de Maria Bonita fez com que outras mulheres se ajuntassem. Isso fez o xaxado ser ainda mais musical. Nas celebrações dos bandos de Lampião, novos elementos como o uso de sanfona, triângulo e zabumba foram sendo incorporados e após a morte do bando ser conhecido pelo interior pernambucano.
Anos mais tarde, já nos anos 40, um músico pernambucano ajudou a difundir o xaxado para as outras regiões do Brasil. Luiz Gonzaga, quando ainda não era o "Gonzagão" e muito menos o "Rei do Baião" era tido como o "Rei do Xaxado" em suas primeiras gravações. Na época, Luiz Gonzaga percorria os Estados do Nordeste e em seus shows quem abria era uma cantora pernambucana chamada Marinês que se tornaria a primeira "Rainha do Xaxado".
Luiz Gonzaga
Luiz Gonzaga - "Olha a Pisada"
Luiz Gonzaga ao lado de Marinês
Marinês - "Assim Nasceu o Xaxado"
Helder Santos
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