Lou Reed no Brasil

Lou Reed veio ao Brasil mostrar "barulho"

    Aconteceu nos dias 20 e 21 desse mês de novembro duas apresentações do cantor norte-americano Lou Reed na cidade de São Paulo. Por coincidência a cidade contava com apresentações do ex - Beatle Paul Mc Cartney e talvez por isso a presença de Lou Reed tenha sido menos divulgada.

    Lou Reed pra variar sempre foge do óbvio e quem esperava dele apresentações de seus sucessos ou do Velvet Underground viu apenas uma apresentação singular em comemoração dos 35 anos do album Metal Machine Music, um album conceitual onde impera o experimentalismo que consolidou o rock industrial como gênero. No entanto esse album já chegou a ser considerado "o pior album do mundo".

    Exagero. Apenas é um album "difícil" de aceitar e está longe de ter um apelo acessível comercialmente. Que foi ver Lou Reed com seus ruídos ensurdecedores direto da fábrica se surpreendeu ao encontrar ali no meio música. Os shows registrados no SESC Pinheiros tiveram preços de ingresso com média de R$ 40,00 e censura 12 anos.

"I'll Be Your Mirror": apresentação em palcos brasileiros

Helder Santos

Alpha Blondy



    Prestes a desembarcar mais uma vez em terras brasileiras para outra vez mostrar seu vasto repertório, o Bob Marley africano tem uma obra rica e muitos adoradores de seu reggae espalhados pelos quatro cantos do planeta.

   Mas para entender a razão de se ter o apelido do nome maior do ritmo jamaicano vamos entender melhor quem é Alpha Blondy. Nascido no dia 01/01/53 na cidade de Dimborko, na Costa do Marfim, o filho mais velho de 9 irmãos Seydou Koné desponta cedo para a música, mas as baixas notas escolares viriam a atrasar alguns anos seu surgimento.

  A partir de 1.973 se muda para Nova York para aprender inglês e lá começa a assimilar a cultura jamaicana, adotando o nome artístico de Alpha Blondy. Seu primeiro album Jah Glory traz a marca que o consagraria mais adiante. Um reggae preciso carregado de mensagens políticas com um pouco de humor. Alpha Blondy não conhece fronteiras e sempre aborda assuntos políticos de diversas partes do mundo.

"Jah Glory": primeiro álbum de Alpha Blondy

  Isso fica evidente pra começar nos diversos idiomas com que canta suas músicas. Francês, árabe, inglês e em sua língua nativa, o dioula. Essa "globalização" se faz presente em músicas como "Apartheid Is Nazism"  e "Jah Rasta". Em 1.993 abatido por motivos pessoais se distancia da música retornando no final de 1.994. Foi o melhor que poderia ter acontecido.

 Ao comemorar 20 anos de carreira em 2.002, Alpha Blondy ganha um grande reconhecimento pelo seu trabalho, faturando o Grammy Award de melhor album de reggae do ano com o CD Merci. O Brasil o aguarda novamente esse autêntico discípulo de Jah que ao longo de seus 17 albuns contribuiu muito para a riqueza de seu ritmo e do cenário musical de seu País.

Alpha Blondy - "Apartheid Is Nazism"

Helder Santos