the guitar world

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

ACID LOUISE - O bom rock de Santa Catarina

Acid Louise: o quarteto independente de Santa Catarina


    Organizadores do Rock In Rio bem que poderiam repensar suas atrações como investir nas medidas generosas de Ivete Sangalo, Claudia Leitte e Shakira pra investir nas medidas generosas dos riffs de guitarra desse ótimo quarteto feminino vindo do Estado de Santa Catarina. Poderiam pensar mais em rock e rock é tudo que essas meninas fazem com competência de sobra.

    O Acid Louise é uma banda criada no pequeno município de Guaramirim que fica entre as cidades de Joinville e Jaraguá do Sul. A banda foi criada em 2.009 por meio da internet através da catarinense de Guaramirim Natalia Trentini, a vocalista. Se juntaram a ela a paulista Marina Prado ( guitarra ), a curitibana Carol Magalhães ( bateria ) e outra catarinense, mas da vizinha Jaraguá do Sul, Denise Coelho ( baixo ).




    A banda tem o propósito de fazer um rock alternativo com bastante ênfase  na guitarra e vocal. As músicas são cantadas em inglês para se manter a identidade independente. É uma banda para o mundo. Lançaram recentemente um EP chamado Whores Of Babilonia contendo sete músicas e pela internet tem feito um bom trabalho de divulgação. Assim o Acid Louise pode ampliar seu público e conquistar novos horizontes. Vale a pena conferir.


Acid Louise ao vivo





Acid Louise canta "Quite a Feeling" ( like cover )




Helder Santos


quinta-feira, 7 de julho de 2011

BLK JKS

BLK JKS: a nova face da música sul-africana


    Houve um tempo na África do Sul com o fim do regime de segregação racial do chamado "Apartheid" que as manifestações culturais que vinham do País traziam a mensagem e o cartão de visitas de um País cheio de esperança onde as diferenças poderiam ser aceitas. Em termos de música, brancos e negros unidos rumo a música Pop, mas sem abandonar jamais suas raízes. Porta-vozes como Ladysmith Black Mambazo e Johnny Clegg & Savuka ganhavam as rádios européias naqueles tempos da libertação de Nelson Mandela.

    Mas esses tempos se foram e pode ser assunto para outro dia. A verdade que a cara da África do Sul de hoje é outra. O País amadureceu. As diferenças que antes eram raciais hoje são econômicas. As disparidades sociais semelhantes ao Brasil e isso se refletiu no atual cenário musical de lá e um bom exemplo é a banda de rock ( isso mesmo, rock, gênero que não se fazia ) BLK JKS.

    A banda formada na cidade de Joanesburgo em 2.000 é uma banda de rock alternativo que embora mescle alguns ritmos locais, prevalece o som pesado. Formada por Lindan Buthelzi ( vocal e guitarra ), Mpume Mcata ( guitarra ), Molef Makananise ( baixo ) e Tshepang Ramoba ( bateria ), o BLK JKS lançou dois EP's antes de lançar seu primeiro album em 2.009, o elogiadíssimo album After Robots. A performance da banda pôde ser conferida na abertura da Copa do Mundo no ano passado, onde impressionaram.


After Robots: estréia do BLK JKS

Apresentação do BLK JKS na abertura da Copa 2.010



Helder Santos

Zabé da Loca

Zabé da Loca em apresentação com banda

    Normalmente as pessoas estão tão acostumadas a ouvir música de acordo  com o que mídia e gravadoras querem que ouçam que nem tem tempo de pensar no potencial artístico e musical que cada um pode ter. Histórias que podem brotar nos quatro cantos do mundo como essa simples e de grande talento.

    Zabé da Loca é uma senhora de 86 anos.Como muitas brasileiras de origem humilde veio de uma família numerosa tirando o sustento da roça. Isabel, seu verdadeiro nome, nasceu no município rural de Buíque, no Estado de Pernambuco. Logo se mudou para o sertão do Cariri no Estado da Paraíba e por lá ficou até hoje.

    Aprendeu a tocar o pífano, o nome dado a flauta na região Nordeste, aos dez anos de ouvido. O nome Loca foi incorporado como nome artístico porque Isabel viveu 25 dos seus anos em uma loca, uma espécie de pequena gruta ao lado dos filhos. Mesmo com saúde frágil, bronquite crônica e audição ruim, Zabé da Loca arruma fôlego pra fumar.


A  loca que Zabé morou 25 anos

    O talento de Zabé da Loca foi descoberto por acaso através do projeto Dom Helder Câmara que visava incentivar a cultura local. Era um projeto do Ministério do Desenvolvimento Agrário que permitiu que ela gravasse um CD com uma banda aos 79 anos. Deu certo e desde então Zabé da Loca tem feito shows, tendo seu trabalho reconhecido e ainda ganhou o Prêmio Revelação da MPB de 2.009. Humilde, hoje vive em um sobrado azul próximo da loca onde morou



.Documentário sobre Zabé da Loca


Apresentação de Zabé da Loca no Rio de Janeiro






Helder Santos