the guitar world

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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Os 100 anos da Portela

 

2023 é o ano do centenário da Portela..



O dia 11 de Abril será uma data muito especial para a Escola de Samba Portela que estará completando mais um ano de existência. Mais que isso, o ano marca o ano de seu centenário. A escola que foi fundada em 1.923 como um bloco carnavalesco chamado Conjunto Oswaldo Cruz  por ter suas raízes no bairro Oswaldo Cruz, também tem sua origem no bairro de Madureira.


Tendo como símbolo uma águia, o vôo da escola de samba mais vitoriosa do Carnaval do Rio de Janeiro vem a partir de 1.932 quando torna-se então, a Portela. No ano de sua estréia como Escola de Samba conquista o vice-campeonato. O primeiro título não tardou a chegar. Em 1.935 com o samba-enredo "O Samba Dominando o Mundo" de autoria de Antônio Caetano, conquista o primeiro Carnaval carioca.



"O Azul que Vem do Infinito": o samba-enredo do centenário




De lá pra cá foram ao todo 22 títulos do Carnaval carioca. A mais vitoriosa de todas chegando a conquistar um heptacampeonato na década de 40. Seu último título veio em 2.017 com o samba-enredo "Quem Nunca Sentiu o Corpo Arrepiar ao Ver Esse Rio Passar" de Samir Trindade. Para o segundo Carnaval após o período de pandemia, o samba-enredo escolhido foi "O Azul que Vem do Infinito"


Feito sob medida para a comemoração dos cem anos por Renato Lage e Márcia Lage. A composição é de Wanderley Ribeiro, Vinicius Ferreira, Rafael Gigante, Edmar Jr , Bira e Marcelão. A escola de samba mais antiga do Rio de Janeiro pede passagem. Mais do que um desfile de gala, almeja coroar seu centenário que coroaria a todos que fizeram a gloriosa Portela acontecer durante todo um século de reinado.


Portela - "O Samba Dominando o Mundo" ( 1935 )



Portela - "O Azul que Vem do Infinito"  ( 2023 )









Helder Santos











sábado, 4 de fevereiro de 2023

Mestre Sapopemba

 

Mestre Sapopemba: enciclopédia da música afro-brasileira



O alagoano do interior José Silva dos Santos mudou-se para a cidade de São Paulo com o intuito de construir sua vida. Isso na década de 60. Morando na zona leste da cidade no bairro de Sapopemba, passa a frequentar os centros de tradições afro-brasileiras onde demonstra dedicação como pesquisador. Adepto do candomblé, ainda nos anos 60 ele é um reconhecido Ogã da sua região.


Um estudioso por mais de cinquenta anos e conhecido dentro e fora do Brasil como Mestre Sapopemba, se encontrou também na música como cantor e percussionista. Nos anos 90 fez parte de uma entidade chamada Abaçai Cultura e Arte, uma entidade que promove o folclore e a música brasileira. O envolvimento com a entidade resultou em um álbum lançado em 2.003 chamado "Agô: Camtos Sagrados de Brasil e Cuba".






Mestre Sapopemba ganhou visibilidade ao participar do encerramento dos Jogos Pan Americanos de 2.007 no Rio de Janeiro. Teve inserções importantes como no espetáculo Milágrimas gravado pelo Selo Sesc em 2.013 de Ivaldo Bertazzo. Em 2.016 com seu sólido trabalho baseado nas raízes africanas  chegou a ser comparado a Clementina de Jesus pela mídia. Pouco depois uma fase de shows o leva a excursionar por países da Europa e Ásia.


O ano de 2.019 foi precioso para sua carreira. Dois documentários sobre sua vida e obra. "O Canto Afro de Sapopemba" e "Sapopemba pelos Amigos". E o seu terceiro álbum como cantor "Gbô". Mais recentemente participou da série "Sotaques do Brasil" transmitido no Canal Music Box Brasi onde se apresenta ao lado da cantora pernambucana Alessandra Leão.


Mestre Sapopemba - "Oya"


Mestre Sapopemba & Alessandra Leão - "Adeus, Dalina"







Helder Santos